Intelectus
Na demanda do conhecimento
segunda-feira, 11 de março de 2013
Palden Dorje...
"Apesar de haver tantas ideologias e religiões, eles estão falando todos sobre a mesma coisa. Os seres humanos são incapazes de ver além das suas religiões e ideologias. Alguns obstinadamente seguem as suas religiões só para descobrir que se arrependem de sua vida inteira. Embora os textos religiosos pareçam ser diferentes, eles personificam as mesmas ideias. Hoje estamos à procura de um fim à violência e o caminho à bondade amorosa. Ainda assim, isto não é encontrado em lugar algum e hoje pessoas estão assustadas, aterrorizadas e sem paz. Elas são impelidas à agitação devido ao seu materialismo."
Palden Dorje
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
A Natureza do Real ...
Pintura de Giuseppe Petrini |
Demócrito apresentando o intelecto a discutir com os sentidos acerca do que é «real». O primeiro diz: « Evidentemente, existe cor; evidentemente, existe suavidade; evidentemente existe amargura; mas, de facto, só há átomos e vazio». Ao que os sentidos respondem:
« Pobre intelecto, esperas derrotar-nos quando é de nós que tiras a tua evidência ? A tua vitória é a tua derrota.»
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Universo Holográfico...
Em 1982, o físico Alain Aspect conseguiu demonstrar que
partículas subatómicas, como os electrões, são capazes de trocarem
instantaneamente informações entre si, independentemente da distância entre
elas. Trata-se do fenómeno do entrelaçamento quântico ou da não-localidade, que
parece colocar em causa o postulado einsteiniano do limite da velocidade da
luz. David Bohm sustenta que esse aparente paradoxo se explica se equacionarmos
a natureza holográfica do universo. Este físico defende que, num nível mais profundo
de análise desse fenómeno, duas partículas subatómicas, a interagirem
instantaneamente, não são entidades separadas, mas extensões da mesma
realidade. A imagem que ilustra este texto mostra como funciona um holograma,
que poderá aplicar-se ao próprio universo. Assim, se o holograma de uma maçã for cortado pela metade e posteriormente
iluminado por um laser, em cada metade ainda será encontrada uma imagem da maçã
inteira. E mesmo que seja novamente dividida, cada parte do filme sempre
apresentará uma menor, mas ainda intacta versão da imagem original. Diferente
das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação
possuída pelo todo. Será que nós vivemos num universo holográfico?
domingo, 23 de dezembro de 2012
O que é a Matéria ?
Estamos tão habituados a considerar a matéria
como algo substancial que dificilmente concebemos que ela possa ser forma pura.
Pois é o que assevera, a este propósito, um dos pais da física quântica, Erwin
Schrodinger: "As nossas concepções de matéria revelaram-se muito menos
materialistas do que o eram na segunda metade do século XIX. Ainda são muito
imperfeitas, muito confusas, falta-lhes clareza relativamente a vários
aspectos. Mas pode-se afirmar que a matéria deixou de ser a coisa simples,
palpável e vulgar no espaço que se pode seguir enquanto se movimenta – cada um
de seus pedacinhos – e que deixaram de se poder verificar as leis precisas que
determinam o seu movimento.Vamos agora regressar às nossas partículas
elementares e às pequenas organizações das partículas como átomos ou pequenas
moléculas. A velha ideia acerca delas era que a sua individualidade se baseava
na identidade da matéria contida nelas. Isto parece ser uma adição sem
fundamento e quase mística, que representa um contraste marcado com o que
acabávamos de descobrir que constitui a individualidade dos corpos
macroscópicos, bastante independente dessa hipótese materialista grosseira e
não necessitando de seu apoio. A noção inovadora é que aquilo que é permanente
nestas partículas elementares ou pequenos conjuntos é a sua forma e
organização. O hábito da linguagem do dia a dia engana-nos e parece invocar,
sempre que ouvimos pronunciar a palavra “configuração” ou “forma”, a
configuração ou a forma de algo, parece significar que é necessário existir um
substrato material para assumir uma forma. Cientificamente este hábito remonta
a Aristóteles, às suas causa materialis e causa formalis. Mas quando se trata
das partículas elementares constituintes da matéria, parece que não faz sentido
pensar nelas novamente como consistindo de algo material. Elas são, por assim
dizer, forma pura, nada mais senão forma. O que surge uma e outra vez em observações
sucessivas é esta forma, não uma quantidade ínfima e individual do material"
Subscrever:
Mensagens (Atom)