segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Edgar Morin: A Ilusão e o Erro Humanos...















Edgar Morin é considerado um dos mais conceituados pensadores contemporâneos. No seu livro " Os sete saberes necessários à educação do futuro", ele atribui um especial destaque ao erro e à ilusão como elementos fundamentais do processo de aprendizagem.E enfoca-os no primeiro nível do saber, conferindo à ilusão, ao sonho, ao mundo psíquico, um especial papel na  configuração das nossas motivações para a aquisição do Conhecimento. Foi, aliás, a partir desse mecanismo de ideação que Einstein acabou por desenvolver a sua Teoria da Relatividade: quando, ainda criança, sonhou que viajara num raio de luz. Mais tarde, já com acrescida bagagem científica, verificou que,se fosse possível viajar a uma velocidade elevada, toda a nossa percepção do mundo se alteraria. Einstein nunca poderia cavalgar um raio de luz, dado o limite físico da sua intransponibilidade, mas, foi a partir desse sonho juvenil, que ele conseguiu transpor os supostos limites da física newtoniana, Einstein, contudo, cometeu um erro grave, quando, por via da introdução da forçada equação da " constante cosmológica", concebera um universo estático, que a verificação experimental de Hubble veio desmentir. Mas, se não tivesse sido a ilusão einsteiniana de pretender cavalgar um raio de luz, poderíamos ainda hoje conceber um tempo e espaço objectivamente separados e dar falsamente por adquirida uma visão menos grandiloquente e mágica da estrutura do Universo...

2 comentários:

  1. Como bem sabes todos foram importantes para adquirirmos o conhecimento que temos hoje. Acho que se o Einstein fosse vivo teria descoberto muitas coisas mais, o tempo de vida não lhe deu oportunidade. Que somos nós sem o sonho, sem aquele sonho que nos surgiu quando éramos crianças e que nos deu motivação a continuar em busca desse sonho, desse estado sublime de conseguir o desconhecido... Eu quando era pequeno e mesmo no inicio da minha adolescência, enquanto dormia sonhava que voava, que bastava "esvoaçar" os meus abraços, correndo pela rua fora em direção á praia e assim levantava voo, e o mais intrigante é que era sempre o mesmo sonho, da mesma maneira, era sempre na rua onde vivia... enfim, é só para te dar um abraço e sair daqui com mais algum conhecimento... esse livro deve ser qualquer coisa de extraordinário, digo eu.

    ResponderEliminar
  2. Concordo totalmente contigo. Que seria de nós sem o Sonho, a Utopia e a Quimera ? A vida seria tão cinzenta.O António Gedeão disse tudo:

    "Eles não sabem, nem sonham,
    que o sonho comanda a vida,
    que sempre que um homem sonha
    o mundo pula e avança
    como bola colorida
    entre as mãos de uma criança"

    ResponderEliminar